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I Encontro de Profissionais de Saúde da Segurança Pública” realizado pelo NuPISaúde da COLPOL-RJ e do SINDPOL-RJ foi um sucesso

Sindpol RJ Comente 14.08.19 1605 Vizualizações Imprimir Enviar

Na última quarta-feira, 07/08, aconteceu na Sede Cultural da COLPOL-RJ o “I Encontro de Profissionais de Saúde da Segurança Pública: panorama da atuação em Saúde e Segurança do Trabalho no estado do Rio de Janeiro”.

Realizado pelo NuPISaúde da COLPOL-RJ e do SINDPOL-RJ, o evento aconteceu o dia todo e contou com quase 100 pessoas no auditório da casa. Sucesso total.
Entre os palestrantes, Salvador Juliano Neto, da Polícia Federal. Ele falou sobre o cenário da Saúde e da Segurança Pública na PF e surpreendeu a todos ao afirmar que na PF há apenas um psiquiatra, que é da Bahia, e é ele quem atende às demandas da corporação toda: “Se a pessoa for do Rio, esse atendimento pode demorar meses. E falando em termos de saúde, de saúde mental, mais especificamente, isso pode significar até a morte da pessoa, já que o atendimento pode chegar tarde demais. Afinal, o suicida não espera. Na Superintendência do Rio, temos 1 psicólogo, 1 assistente social e 1 médico. Ainda há muito o que se fazer em relação a esse olhar para a saúde do trabalhador”, disse Salvador.

Juliana Diniz, da PRF, outra palestrante do dia, comentou sobre a proposta do evento: “Estou muito feliz por estar aqui. Acredito que o objetivo desse encontro deva ser, a partir de agora, uma integração maior entre todas as forças de segurança, entre todas as polícias. Enfim, uma aproximação maior entre todos nós. Precisamos juntar a iniciativa de um com a boa vontade de outro e assim, caminharmos melhor. Afinal, o objetivo de todos aqui é o mesmo: pensar e melhorar a questão da saúde e da segurança do trabalho de todos nós”, defendeu ela.

Patrícia Constantino, psicóloga, pesquisadora da Fiocruz e autora de dois livros sobre o tema saúde e segurança do trabalho com foco na especificidade da Polícia Militar e um outro com foco na Polícia Civil, Patrícia comentou: “As pesquisas não podem e não devem ficar restritas à academia e aos nossos pares. Elas têm que servir para orientar políticas públicas e melhorar a realidade dos grupos pesquisados. Nesse sentido, fico muito feliz com o resultado que esses dois livros trouxeram. E também com o fato de termos lá no nosso mestrado e doutorado, policiais tanto militares quanto civis. E quem melhor para conhecer a realidade de vocês do que vocês mesmos? Isso é muito bom e traz ganhos a todos nós, sociedade e voes, trabalhadores da segurança pública.”

Na plateia, Hyrllanna Almeid, de 32 anos, estava encantada com o evento. Mesmo de licença-maternidade e com o bebê de apenas 5 meses no colo, Hyrllanna fez questão de ir ao evento: “Sou policial civil e sempre que posso, estou presente aos seminários do NuPISaúde. Nesse, mais ainda. Adorei o tema e achei a ideia de ter representantes de diversas áreas da Segurança Pública muito bom. Enriquece o discurso e é bom saber como anda a realidade nos outros lugares, também. Pelo visto, todos temos que avançar nesse quesito saúde e segurança, né? Mas estarmos juntos pensando alternativas é muito bom”, disse ela com o pequeno Yuri nos braços.

O Guarda municipal, Carlos Renato Souza da Silva, de 49 anos, também elogiou a proposta do encontro: “Estou há 25 anos na Guarda Municipal. Sei o quanto é importante para a gente e para os demais colegas da Segurança Pública essa questão as nossa saúde como um todo. Saúde física, saúde mental, saúde no ambiente de trabalho como um todo. Na Guarda Municipal, temos a CVS, a Coordenadoria de Valorização do Servidor. E isso é muito bom, ao meu ver. É um suporte, um olhar atento às nossas questões. Por isso, quanto soube do encontro, fiz questão de vir. Viemos num grupo de quase 10 pessoas”, contou Carlos.

André Caffaro, da SEAP, também falou sobre a realidade vivida em seu ambiente de trabalho: “A SEAP é o primo pobre da Segurança Pública, pessoal. Se vocês acham que as polícias têm problemas, imagina os agentes penitenciários. Acho muito legal ser convidado para o evento e vir aqui falar. Mas temos que avançar. Já é o 4º evento do tipo que participo e, na prática, nada mudou. Temos que forçar a vinda de pessoas que de fato tenham poder político para nos ajudar a mudar o cenário. Ok, vocês convidaram. Mas ele tinha que ser obrigado a vir. Cadê o secretário de Saúde, por exemplo? Ele tem que vir, tem que saber, tem que ouvir como estamos abandonados. O agente tinha que ter uma prioridade, por exemplo, quando chega nos hospitais e não ser deixado ali à míngua, esperando atendimento junto com todo mundo. Complicado, muito complicado nosso atual cenário”, desabafou André.

Das 8:30h até às 17:30h, o evento aconteceu com palestras e trocas muito enriquecedoras. Para Nathália Neira, psicóloga responsável pelo NuPISaúde da COLPOL-RJ/SINDPOL-RJ, foi um momento único o encontro: “Nossos encontros e seminários são sempre momentos muito bons de troca e informação. Mas esse, especificamente, foi muito, muito enriquecedor porque tivemos diversas áreas da Segurança Pública aqui reunidas e trocando experiências, contando suas realidades, seus problemas, seus avanços. Essa conexão é muito positiva. Que a gente possa cada vez mais estar conectados e de fato unidos em prol de um mesmo objetivo: o cuidado com a saúde e a segurança dos trabalhadores da Segurança Pública”, afirmou Nathália.

A Comissária de Polícia, Meire Cristine, mestre na área de Saúde do Trabalhador e diretora de Assuntos de Saúde do Trabalhador Policial da COLPOL-RJ também avaliou como positivo o encontro e agradeceu aos presentes: “Quero dar os parabéns a todos que estão aqui, hoje. Todos os palestrantes, que tanto abrilhantaram o encontro com suas colocações, estudos e experiências, mas também e principalmente a todos da plateia. Que bom ver esse auditório lotado.”

Além dos já citados, compareceram representantes de todas as instituições de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro: Claude Chambriard (PCERJ); Rosana dos Santos (PMERJ); Renata Oliveira Lenzi (CBMERJ); José Botelho (DEGASE); Maria de Fátima Marins (GM); além dos seguintes pesquisadores: Newton Richa ((UFRJ e IBP); Alexandra Vicente (GEPESP) e René Mendes (USP).
A todos, nosso muito obrigado pela participação/presença!

Fotos: Renato TouzPin

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