Polícia Civil sofre com falta de agentes e material para investigação
Com falta de condições, familiares de PMs mortos sofrem à espera de solução dos crimes
Rio – A Polícia Civil do Rio tem um déficit de 14 mil agentes. A informação é do Sindicato dos Policiais Civis do Estado (Sindpol). Além disso, a corporação sofre para fazer as perícias devido à falta de material. Boa parte dos carros também não tem condições de uso por estar sem manutenção, prejudicando as investigações de crimes. Ontem, O DIA mostrou o sofrimento das famílias dos policiais militares mortos no ano passado. Os parentes cobram a elucidação dos crimes. Ao todo, 134 PMs foram assassinados em 2017, a maioria sem solução.
Com as mudanças na cúpula da Segurança Pública do Rio, os comandos das delegacias comuns e especializadas foram trocados. O núcleo criado especialmente para cuidar da apuração das mortes dos PMs está sem chefia e os trabalhos praticamente parados.
“Com a dança das cadeiras no comando das delegacias, as investigações foram descontinuadas. Hoje, a Polícia Civil possui nove mil agentes em todo o Estado. Pela lei 3.586/2001, que determina o plano de cargos da corporação, o ideal são 23,8 mil”, disse o presidente do Sindpol, Marcio Garcia.
Ele apontou outras situações que atrapalham o trabalho de investigação:
“Faltam insumos, reagentes, por exemplo, na polícia técnica, para os policiais realizarem as perícias. A tecnologia das delegacias também é muito defasada”.
Matéria publicada no jornal O Dia, de 2ª feira, 30/04, na Coluna do Servidor: https://odia.ig.com.br/rio-de-janeiro/2018/04/5535616-policia-civil-sofre-com-falta-de-agentes-e-material-para-investigacao.html