A sociedade não vai esperar até 2014. Já esperamos muito!
Gratificações de PMs, policiais civis e bombeiros serão incorporadas aos vencimentos
Por alessandra horto
A medida vai contemplar, principalmente, os 32.163 aposentados e 14.404 pensionistas que atualmente não recebem gratificações que estão em vigor. Todas as alterações têm o sinal verde do Palácio Guanabara.
O governo também quer unificar o pagamento do auxílio moradia dos militares. A ideia é aplicar o valor máximo recebido pelos servidores que possuem dependentes. A mudança não teria grande impacto econômico e também beneficiaria quem ainda não possui filhos.
Segundo fontes do estado, o governador Sérgio Cabral autorizou que os comandos militares e a chefia de Polícia Civil iniciem o processo de negociação com os representantes das classes. Mas deixou claro que as novas regras entrarão em vigor em 2014 e lembrou que, até 2013, valem os reajustes que foram antecipados na última sexta-feira e que somam 38,81% entre fevereiro de 2012 e outubro do próximo ano.
Cabral estaria disposto a arcar com o peso da mudança para os inativos e pensionistas. E, também, com os gastos adicionais aos servidores ativos que hoje não recebem qualquer bônus. Como no caso daqueles que estão de licença-médica e perdem o direito aos benefícios.
A proposta do subsídio é garantir em lei que os atuais 73.106 servidores ativos da Segurança Pública recebam todos os adicionais — já que o sucessor do governo poderia cortar todos os já existentes. E também assegurar que os em atividade não percam os valores quando se aposentarem.
Em outubro de 2013 um soldado PM-BM, com dependente, terá remuneração total de R$ 2.077,23. Para quem não possuir dependentes será de R$ 1.756,67.
O governo do estado precisa rever suas prioridades.
O governo do estado negocia com os policiais e bombeiros através da impressa?
O Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro – SINDPOL RJ, o mesmo sindicato mencionado na excelente matéria do New York Times publicada recentemente, aguarda o contato do governo do estado para que possamos negociar melhorias para a categoria dos policiais civis, bem como, para os militares e bombeiros.
Todo o cronograma de reuniões e greve permanece intacto até que o governo convide os líderes do movimento para tratar dos assuntos do interesse das categorias, e, por conseguinte, da sociedade fluminense.
Destarte, afirmamos que nós policiais civis, militares e bombeiros NÃO SOMOS OS RESPONSÁVEIS pelo caos e a crise da Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro. O caos e a crise só se apresentam para a sociedade quando deflagramos uma manifestação, paralisação ou greve. Entrementes, o caos e a crise são latentes e vivenciados todos os dias pelos integrantes da Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, sejam eles policiais civis, militares ou bombeiros.