NOTA DE APOIO
Em meio a um cenário de impunidade, insegurança e até mesmo desvalorização do trabalho da Polícia Civil, a prisão de um dos traficantes mais procurados e perigosos do Rio de Janeiro, o Rogério 157, nesta semana, foi considerada uma vitória para a categoria. Sobretudo para aqueles que participaram ativamente da ação.
Não foi à toa e muito menos com intenção de abusar de sua autoridade que os agentes envolvidos nesse trabalho fizeram uma selfie com o criminoso. A foto, altamente criticada, nada mais foi do que um registro merecido após uma operação eficaz de inteligência e investigação que teve um resultado positivo e vitorioso.
Rogério Avelino da Silva era o chefe do tráfico de drogas na favela da Rocinha e foi preso no Morro da Mangueira, no último dia 6. Contra ele havia 13 mandados de prisão por crimes de homicídio, assalto a mão armada e tráfico de drogas. Será que os policiais não tinham motivo para comemorar e estarem eufóricos?
O fato de terem tirado foto com o referido criminoso se assemelha a de um jogador de futebol ao comemorar a conquista de um campeonato, onde todos querem tirar foto com a taça que simboliza a vitória e a consagração de um trabalho, que contou com o apoio das polícias militas e federal e a participação das Forças Armadas. Demonstra o êxito da operação o fato de não haver necessidade de nenhum disparo de arma que pudesse colocam em risco terceiros. Além disso, esses policias em nenhum momento se corromperam ou deixaram de realizar o seu dever em troca de pagamento de propina.
Esse caso mostra apenas a capacidade da Polícia Civil em fazer mais ou menos, pois mesmo diante das dificuldades encontradas pela categoria, eles jamais esquecem o seu dever: combater a violência e defender a sociedade.
André Gutierrez
COBRAPOL