POLÍCIA CIVIL AMEAÇA FAZER PARALISAÇÃO
“A paciência dos servidores estaduais com a indefinição do governo para colocar as pendências em dia passou dos limites. Após muitas promessas não cumpridas pelo estado e a burocracia que parece não ter fim para liberar o empréstimo de R$ 2,9 bilhões que pagará o décimo terceiro do ano passado, os salários de setembro e de outubro atrasados, entre outros pontos, uma parte do funcionalismo adotará medidas para pressionar ainda mais o governador Pezão.
O pessoal da Polícia Civil vai marcar uma assembleia, em breve, para deliberar sobre uma paralisação das atividades. A alegação será quebra de contrato de trabalho pelo não pagamento do décimo terceiro de 2016 que, segundo representantes da categoria, resulta em hipossuficiência financeira de vários servidores.
“O governo do estado deixou de pagar verba alimentar e está deixando de pagar nossos direitos”, explica Fábio Neira, presidente da Coligação dos Policiais Civis do Rio (Colpol) e vice-presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro (Sindpol-RJ).
Neira informou que as entidades enviaram email na segunda-feira e ontem protocolaram ofício cobrando esclarecimentos do governo sobre as notícias de que o empréstimo de R$ 2,9 bi do BNP-Paribas estaria enfrentando problemas, e estaria condicionado a intervenção do Banco Mundial.
“Demos cinco dias para o governo dar uma resposta e assim vamos marcar a assembleia para decidirmos a paralisação”, afirmou o dirigente.
Não cumpridas
Fábio Neira lembrou que o governador Pezão se reuniu no mês passado com lideranças do Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais (Muspe) e garantiu que o empréstimo sairia para pagar integralmente os atrasados. E que o prazo máximo para a quitação era o dia 27 de novembro, exceto se ocorresse algum impedimento de ordem judicial. “O que não ocorreu”, disse.”
Fonte: Jornal O Dia