Prisão de coronel expõe guerra entre PM e Polícia Civil
20/12/2011
Mal-estar, picuinha, guerra… Seja qual for o nome e a dimensão do conflito, as polícias do Rio não se entendem há algum tempo. Na tomada da Rocinha, o planejamento — feito pela Polícia Militar — excluiu a Civil. Teria sido um troco em relação à tomada do Alemão, em 2010, quando a Civil entrou primeiro e fincou a bandeira da corporação no alto do complexo.
— Ficamos chateados — diz um coronel da PM.
Segundo outro coronel, as divergências começaram a ficar acirradas quando a PM começou a fazer registro policial militar (uma espécie de registro de ocorrências simples). A Civil ficou incomodada e fez lobby na Corregedoria Geral Unificada (CGU), que desautorizou a PM.
Intriga?
O advogado Marcos Barros Espínola, que defende Beltrami, acredita que as divergências entre as duas polícias motivaram a prisão:
— Há uma guerra entre as polícias. Foi montado um palco, num batalhão manchado pela acusação de envolvimento na morte da juíza. O objetivo é desmoralizar a PM do Rio.
Ele criticou a investigação feita pela DH de Niterói. Para o advogado, o inquérito foi mal conduzido.
Leia mais: https://extra.globo.com/casos-de-policia/prisao-de-coronel-expoe-guerra-entre-pm-policia-civil-3488324.html#ixzz1hAORwOcb
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O SINDPOL RJ – Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro declara que não há qualquer atrito ou “guerra” entre os policiais das duas instituições que estão no combate ao crime diário pelas ruas do Rio. Ao contrário, trabalham com total união para compensar as dificuldades estruturais e salariais que sofrem num Estado extremamente violento. Exemplo disso foi visto ontem em “Bandidos atacam carro da Civil na Avenida Brasil”.
Qualquer mal-estar passa longe de quem realmente está realizando o trabalho na ponta e é principalmente por esses policiais que o SINDPOL RJ luta para a melhora das péssimas condições de trabalho.