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1º Resumo Geral da GREVE da Segurança Pública do Rio de Janeiro

Sindpol RJ Comente 11.02.12 1743 Vizualizações Imprimir Enviar
11/02/2012 9h – Sindpol RJ
Após a decretação oficial da greve dos policiais civis, militares e bombeiros do Rio de Janeiro em 10 de fevereiro de 2012 nenhum distúrbio relacionado a paralisação foi relatado, conforme orientação das lideranças.
Os policiais civis estão dando exemplo de luta a favor da valorização profissional, pois os números indicam que 80% das delegacias do Estado aderiram a GREVE dentro da legalidade. Há relatos de abusos pontuais de autoridades policiais contra o direito de greve e todas as denúncias confirmadas darão origens a notícia-crime vinculada ao art. 197, I, do Código Penal (com pena de detenção de 1 mês a 1 ano, e multa).
A população está sendo orientada nas delegacias de polícia e em sua quase totalidade entende a luta dos policiais por dignidade salarial e profissional. Em alguns casos já são vistos bandeiras, faixas e camisas pretas sendo usadas pelo povo carioca em apoio ao movimento dos policiais civis.
Devido a sua legalidade e obediência à cartilha de greve publicada pelo SINDPOL RJ, nenhum policial civil foi preso ou indiciado a qualquer processo administrativo ou criminal.
Pedimos aos Policiais Civis que continuem firmes em seus ideais de conquista por uma vida mais digna!
Os policiais militares também realizam um movimento grevista pacífico e ordeiro, porém o Governo do Estado mandou prender ou indiciar administrativamente todos que se recusem a trabalhar.
Apesar de nenhum distúrbio relacionado a greve ter sido visto, alguns comandantes de batalhões alegam “motim” para efetuar prisões. Declaramos e denunciamos que esta palavra não pode ser atrelada ao movimento, eis que “motim” caracteriza-se por atos explícitos de desobediência a autoridades ou contra a ordem pública acompanhado de tumulto, vandalismo contra a propriedade pública e atos de violência contra pessoas.
Restou ao Governo do Rio atrelar a prisão dos militares à proibição ao direito de greve, que resta discutível quando comparado a outros direitos do homem.
Nesse contexto, policiais militares e bombeiros fizeram história no primeiro dia de greve e dão exemplo ao restante da tropa, que se acovarda ou não luta por outros interesses escusos.
No 28º BPM (Volta Redonda), 129 policiais militares serão indiciados em Inquérito Policial Militar (IPM) por cometimento de crime militar ao ter a coragem de não recuar diante de ameaças em não realizar greve. Desse número, 50 policiais chegaram a ser presos e depois foram liberados.
No 10º BPM (Barra do Piraí), 200 policiais militares foram ameaçados de prisão administrativa ao se recusarem a sair em patrulhamento e mantêm greve ordenada. Em Cabo Frio e outras regiões também há informações que sustentam a greve de maneira inteligente e pacífica, apesar da pressão.
No 2º Grupamento Marítimo (GMar) da Barra da Tijuca também tivemos exemplos heróicos. Um grupo de bombeiros faltou o serviço e foram presos. Logo depois que o fato foi de conhecimento da tropa, centenas de bombeiros lotados naquele grupamento foram ao local para também serem presos. No final, 123 guarda-vidas foram indiciados por falta ao serviço e todos serão presos administrativamente. O Comandante, Tenente Coronel Ronaldo Barros, foi exonerado do cargo.
Nesse momento, há confirmação de centenas de prisões efetuadas, entre os presos, estão todos os líderes do movimento e alguns que apenas realizavam publicações democráticas na internet. São eles:
Coronel PM Paulo Ricardo Paul, da reserva;
Major Helio Silva de Oliveira, da reserva;
Sargento PM Carlos Antonio de Oliveira Aquino;
Cabo João Carlos Soares Gurgel;
Cabo Wagner Jardim Hamude;
Cabo Nilton Alves Neto;
Cabo Vivian Sanchez Gonçalves;
Cabo Wagner Luiz da Fonseca e Silva;
Cabo Pablo Rafael Marques dos Santos e
Cabo BM Benevenuto Daciolo.
Esses e outros exemplos estão sendo guardados e seus nomes serão lapidados na pedra da história de luta por todos os policiais militares, bombeiros e policiais civis. O mundo conhecerá o resultado de suas lutas por uma vida mais digna para suas famílias.
Há relatos nos meios sociais de outros abusos cometidos pelo Governo do Rio.
Vários policiais militares ainda alunos, do CFAP, foram armados e obrigados a policiar ruas para suprir a falta ocasionada pela greve. Em alguns casos saíram sem coletes balísticos, como no 28º BPM (Volta Redonda). Essas outras denúncias não foram confirmadas pelo SINDPOL RJ.
Vários desses abusos estão sendo denunciados, dentre eles o envio de militares para presídios comuns de segurança máxima e a incomunicabilidade de presos. Há informações que observadores da ONU já foram avisados. O SINDPOL RJ não conseguiu confirmar a vinda deles para o Rio de Janeiro.
O SINDPOL RJ espera alguma manifestação de organismos que lutam pelos direitos do homem e pela democracia, como a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), pois em nosso Estado a luta por dignidade profissional é pacífica e está sendo controlada por prisões e ameaças.
Também pedimos o apoio de todos para denunciar os abusos, conforme abaixo:
SINDPOL RJ – Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro

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